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Deu-me para isto

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Uma ida aos correios

A semana passada, no final do trabalho (18h30) fui aos correios enviar uma encomenda. Fui a uma loja dos CTT que tinham horário alargado, num centro comercial com dois balcões. Não fui aos CTT do costume porque saio de casa antes de eles abrirem e quando chego já estão fechados. E olhem que não têm um mau horário (8h30-18h30 sem interrupções), eu é que apanho muito trânsito.

Quando tirei a senha tinha 20 pessoas à minha frente. Quase que era motivo para desistir, mas tinha mesmo que enviar a encomenda. Portanto, fiquei por lá.

Os números foram passando e claro fui assistindo a umas quantas situações que achei por bem partilhar com vocês.

 

A primeira é algo que não compreendo e os CTT deviam fazer alguma coisa quanto a isso. No meio das 20 pessoas que estavam à minha frente, 2 tinham correspondência de empresas para despachar.

Então, a pessoa da empresa 1 é chamada para o balcão 1 e começa a despachar os molhes e molhes de correspondência que tinha para enviar.

O número a seguir é chamado para o balcão 2 e qual não é o meu espanto, quando vejo que é a pessoa da empresa 2 com molhes e molhes de correio para despachar.

Foram 20 minutos sem chamarem ninguém. Ora, só na Segurança Social é que passei por isto e foi no tempo em que não havia Lojas do Cidadão.

Senhores que gerem os CTT, façam qualquer coisa sobre isto. Então, vocês põem-se a despachar correio empresarial em plena hora de ponta? Quando todas as outras pessoas têm disponibilidade para ir aos CTT? Quando vocês chegam a ter uma fila de 30 pessoas? Pensem melhor nisto….

Quando é altura de os idosos irem levantar as reformas, os CTT da minha zona reservam um balcão só para isto para não incomodarem os outros clientes. Podiam pensar numa solução semelhante, não acham?

 

A segunda situação aconteceu comigo.

Como vi que não chamavam ninguém fui perguntar se me podiam dar um envelope para ir preenchendo enquanto estava à espera. Resposta: “Não. Só posso dar na sua vez”.  

Nem contestei, há coisas que não valem a pena. Mas depois comecei a pensar no assunto e até percebi. Com o envelope na mão eu podia enviar sem pagar.

No entanto, acho que deviam pensar numa forma de contornarem esta situação. É que estive ali bastante tempo sem fazer nada mais o tempo que demorei a preencher o envelope na minha vez.

 

As outras situações podem ser carinhosamente chamadas de “Pérolas”.

Pérola 1

No meio daquela gente toda, estava também uma idosa para levantar a reforma. Conhecem aquele tipo de idosos que ainda falta um número mas que já foram para o balcão e estão a reclamar que é a vez deles (chamaram o 48 mas a senhora tinha o 49)? Esse mesmo…. Não era a vez da senhora mas ela reclamou e ainda por cima trazia um carrinho de compras que só estorvava num espaço que já por si é reduzido.

Quando uma pessoa tem correspondência para enviar e acaba de preencher os envelopes tem prioridade sobre as senhas. Ora, esta senhora continuou a reclamar quando a funcionária atendeu duas pessoas antes dela que estavam nesta situação.

Como viu que não a atendiam neste balcão, a idosa e o seu carrinho de compras foram “marcar território” para o outro balcão, não fosse a outra funcionária fazer a mesma coisa.  Ficou toda contente quando a funcionária a atendeu logo a seguir.

Mas a história não acaba por aqui porque nestas coisas do dinheiro não se pode confiar em ninguém. Então, está a funcionária a contar o dinheiro em frente à idosa:

- 20, 40, 60, 80, 100, isto faz 100 euros – diz a funcionária

A idosa que não confia no que acabou de ver, agarra nas notas e começa a contar também o dinheiro. 20, 40, 60, 80, 100.

- 20, 40, 60, 80, 100, isto faz mais 100 euros – diz a funcionária outra vez.

E a idosa como é desconfiada e não vá a funcionária tirar-lhe dinheiro, conta estas notas também. 20, 40, 60, 80, 100.

O resto já eram notas pequenas e moedas. Mas a idosa fez questão de contar isto também. E a funcionária com uma paciência de santa ainda lhe pergunta “Está correcto”?. E a idosa responde que sim. ALELUIA, aquele balcão vai avançar….. YEEHHH…. Só que não….

A idosa como é uma pessoa que se sente em perigo por andar com tanto dinheiro, não saiu do balcão enquanto não o arrumou. Então separou as notas desta forma:

- Algumas foram para a parte de trás da carteira (atrás do sitio dos cartões) onde se costumam por as notas

- Outras foram para um envelope para o mesmo sitio da carteira

- Outras foram bem dobradinhas para o fundo da mesma carteira.

Hmmmm… pôr o dinheiro no mesmo sitio?! Eu normalmente distribuo o dinheiro por vários sítios só por segurança…. Mas sou eu.

 

Falando num tom mais sério, na minha opinião, os CTT deviam acabar já com isto porque é um perigo para estas pessoas saírem com tanto dinheiro para a rua. Podem ser assaltadas ou pior.

 

Pérola 2

A pérola 2 aconteceu mais ou menos comigo.

Ora, lá consegui ser atendida, pedi o envelope e fui para um cantinho do balcão preenchê-lo. Eu sei que podia ter ido para a mesa que existe para esta função, mas a funcionária disse que não fazia mal eu estar ali já que não estorvava o balcão.

Ao meu lado foram atendidas uma mãe e uma filha com encomendas que ocupavam dois envelopes dos grandes e uma caixa. O balcão não chegou para nós as três mais as encomendas e mais as respectivas malas de cada uma.

Trocámos de lugar porque eu já tinha acabado de preencher a papelada. Enquanto a funcionária estava a pesar o envelope e essas coisas todas, oiço o seguinte “não me toques no braço, estou a escrever”. Era a mãe; aparentemente a filha tocou-lhe no braço.

Eu desvio-me mais um bocadinho porque é o que mandam as boas maneiras e assim elas estavam mais à vontade. E, na verdade, não precisava de tanto espaço. A filha como também tinha boas maneiras disse que não era preciso.

Estava a pagar à funcionária quando oiço outra vez “Não me toques no braço”. Eu já estava bastante desviada, mas já não dava para mais; o balcão não foi feito para três pessoas.

Quando me estou a ir embora, oiço o seguinte: “não me toques no braço. Já te disse três vezes”

“A sério?! Você está a atafulhada com as encomendas e as malas e mais duas pessoas e a sua filha não lhe pode tocar no braço?!” – pensei mas não disse.

Já estava demasiado cansada de estar na fila dos CTT. É que olhando bem para as horas estive lá perto de uma hora.

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