Ontem decidi ir ao supermercado mais perto de minha casa. Não tinha muitas compras para fazer e nada de especifico, portanto aquele servia perfeitamente.
Ora, este supermercado em questão é daqueles que está cheio de coisas nos corredores, na linha de caixas e também nas caixas. Cumprir a distância de segurança é um desafio.
Escolhi uma caixa qualquer para pagar. Honestamente, não me importei se tinha muitas ou poucas pessoas. Quando tento fazer isto, sai-me o tiro pela culatra.
Nas caixas ao lado, havia uma confusão. Eram duas caixas muito juntas e por causa disto as pessoas faziam só uma fila porque não percebiam que eram duas em vez de uma.
Oiço a funcionária dizer: "A seguir.... Não vêem que são duas caixas. Isto não é fila única, façam duas filas".
Oiço alguém da fila dizer: "Estou a cumprir a distância de 2 metros"
A mesma funcionária responde: " Aqui não está a 2 metros de mim. Não faz diferença cumprir a distância de segurança"
E é por isto que temos os números que temos. Quando os próprios funcionários que deviam fazer cumprir as regras, estão a dizer às pessoas para as quebrarem, os números sobem.
Pergunto-me como é que esta funcionária reagiria ser tivesse apanhado covid. Provavelmente, iria dizer que foi culpa dos patrões que a obrigaram a trabalhar ou das pessoas que foram fazer compras. Seria culpa de todos, menos dela que não quis cumprir a distância de segurança.
Eu costumo ir ao supermercado todas as semanas. Prefiro fazer compras semanalmente do que mensalmente. Compro quando preciso e assim aproveito também algumas promoções.
Mas este não é o assunto deste post.
No fim de semana fui fazer as compras para a semana e quando chego à caixa encontro dois problemas.
O primeiro foi quando me dirigi à caixa que me foi indicada pelo ecrã. Chego lá e encontro uma pessoa já a colocar as compras. Ficámos confusos e sem saber o que fazer; já estávamos a empatar o corredor. O rapaz da caixa anterior viu-nos e perguntou se precisávamos de ajuda. Explicámos a situação e ele disse-nos para ir para a caixa dele porque “deve ter sido engano”. Sim, sim... quantas vezes eu já vi pessoas a irem para outras caixas que não aquela que lhes calhou. Mas pronto, assunto resolvido.
O segundo problema foi quando o rapaz da caixa estava a pesar um bocadinho de gengibre. Parece que a balança não estava a detectar o gengibre. Tinha 3 gramas.
- Tem a certeza que quer levar o gengibre?
- Sim.
- É que a balança não está a detectar. Nem sequer consigo pôr manualmente.
Fiquei a olhar para ele, como que a dizer “O que quer que eu faça? Eu vou levar o gengibre. Não está aí por acaso”. Mas depois vi que estava atrapalhado e não sabia o que fazer e fui buscar mais um bocadinho de gengibre. Só tive que atravessar meio hipermercado, empatar a caixa até à minha chegada e consegui resolver este problema. Já tinha peso suficiente.
Qual é o problema destas máquinas? Se não detectam peso, o melhor será permitirem cobrar um peso mínimo, tipo 5 gramas ou assim. Eu não tenho que andar para trás e para a frente porque não se lembraram que há produtos “leves”.
As pessoas que andam por aí e que trabalham em supermercados sabem explicar isto?