Há mulheres que antes de sairem para qualquer lado vão à casa de banho. Seja para irem despejar o lixo ou para irem dar um passeio, vão sempre à casa de banho porque nunca se sabe o que vai acontecer. Portanto, mais vale prevenida e não apertar depois. Eu não sou dessas e 90% das vezes isto corre mal.
Um destes dias estou eu a arrumar as coisas para sair do trabalho quando a bexiga soa o alarme de que é preciso esvaziá-la. Não liguei muito, já estava a sair e daqui a bocado podia fazer-lhe a vontade. Vou só ali um instantinho fazer umas compritas e vou para casa. Não demora muito :).
Eu até sou uma pessoa organizada no que toca às compras, faço uma lista com as coisas de que preciso. O problema é que a minha lista não está organizada por secções do supermercado e eu acabo a "fazer piscinas" no supermercado de um lado para o outro. Entre este jogging e pagar as compras passou-se uma hora.
Quando já estou a estacionar à porta de casa casa, recebo o seguinte telefonema:
- Onde estás? - pergunta ele
- Aqui. Acabei de estacionar (para mim, esta frase é bastante esclarecedora do sitio onde estou)
- Aqui onde? (não percebo porque veio esta pergunta a seguir)
- Acabei de estacionar à porta de casa.
- Ahhh, é que eu não consigo abrir a porta.
- Eu já subo e experimentamos com a minha chave - (é óbvio que o problema era da chave dele) - Mas eu preciso de ajuda com as compras.
- Onde estás? (acho que já tinha respondido a esta pergunta)
- Estacionada no sitio do costume
- Qual é o sitio do costume? (costumas ir ver como está o carro da janela e estás a fazer essa pergunta?)
Lá lhe expliquei onde era o sitio do costume e lá fomos ver o que se passava com a porta. Era óbvio que o problema não era das chaves e sim da fechadura portanto nenhuma tentativa resultou. Após alguns telefonemas, encontrámos um vizinho que tinha uma solução para o problema; só precisava de 15 minutos para chegar a casa. Claro que não foram só 15 minutos mas conseguimos entrar em casa. Nisto já se tinha passado 1 hora desde que estacionei.