Sigo algumas influencers portuguesas no instagram. Sigo-as porque gosto do conteúdo que produzem. Olho sempre para este conteúdo com espírito crítico e muuuuuuuuuiiiiiiiito filtro. Por isto, nunca comento muito o que elas fazem porque sei que é o trabalho delas.
Mas, ultimamente, sinto-me um bocadinho revoltada com elas. Quando vejo que estão de férias, ignoro logo e passo para o próximo story ou post. Reparo que estão a fazer publicidade a hotéis e têm férias de graça.
Tenho andado à procura de sítios para ir de férias e por curiosidade fui ver alguns que são partilhados pelas influencers. Não existiu um que ficasse a menos de 200 euros à noite. Em 3 dias, gastaria o equivalente a um ordenado mínimo isto sem contar com refeições e transporte.
Percebo que seja o trabalho delas e que não recusem estadias de graça. Mas pergunto-me quantos dos seguidores destas influencers irão hospedar-se nestes hotéis porque foi partilhado por elas e quantos terão capacidade para pagar isto. Compensará mesmo aos hotéis oferecerem estadias vendo os preços que estão a praticar?
Fui ver também aqueles hotéis em que já passei férias e reparei que subiram os preços no mínimo em 50%.
Dizem eles que agora têm mais custos com a limpeza e desinfecção. Entendo se estiver relacionado com protecção individual dos empregados uma vez que antes não utilizavam este tipo de equipamentos. Nalguns casos, chamam a isto, "taxa de limpeza" e cobram ao cliente. O que na minha perspectiva é só estúpido. Higiene e limpeza é algo básico e não deveria ser cobrado ao cliente.
Posto isto, acho que este vai ser o ano em que não vou sair de casa.
Ferragudo e Parchal já não são novidade aqui no blog. O ano passado também fomos passar férias para lá. Sabem o que se diz "Em equipa que ganha não se mexe".
Hotel
Fomos na mesma para o Aguahotels Riverside e, mais uma vez, tivemos direito a upgrade. Em vez de um quarto standard, tivemos direito a uma suite júnior . Isto significa que tínhamos também uma sala e uma kitchenette.
Eu gosto muito do hotel por ser mesmo à beirinha do Rio Arade e a piscina é maravilhosa. As condições são, no geral, muito boas. Penso que pesa o facto de ser um hotel quase novo em folha.
Refeições
O pequeno-almoço estava incluído. É bastante bom, com alguma variedade de pães, bolos, cereais e até fazem panquecas na hora
No dia em que chegámos, fomos almoçar ao Restaurante O Molhe. É mesmo à beirinha da praia e é muito bom. Comemos a Cataplana à Casa e ficámos muito satisfeitos.
Como tínhamos kitchenette, fizemos os jantares no quarto. A verdade é que os restaurantes que experimentamos o ano passado não eram assim tão bons para os repetirmos. E, com estas refeições "caseiras" descobrimos que as refeições congeladas do Lidl são muito boas (fica a dica). As do Jumbo nem tanto.
Nos almoços, tivemos duas opções: o centro comercial Aqua Portimão e o restaurante do hotel.
Quanto ao centro comercial, não é preciso dizer muito. Já sabemos o que a casa gasta: McDonalds, Vitaminas, mais do mesmo.
Quanto ao restaurante do hotel, não recomendo, pelo menos, ao almoço. Na verdade, não se pode dizer que é propriamente uma refeição. O que eles oferecem são saladas, hambúrgueres, pizzas, etc.
Então, da primeira vez comemos esparguete à bolonhesa. Apesar de a quantidade ser pequena, não estava mau. Durante a refeição, vimos passar as pizzas com muito bom ar e achámos que devíamos experimentar.
Da segunda vez, ele experimentou a pizza e eu experimentei os hambúrgueres. A pizza tinha ingredientes de lata e o meu hambúrguer vinha demasiado passado e era daqueles congelados.
Estão a ver porque é que eu digo que não recomendo? Ainda para mais pagámos cerca de 30 euros por refeição.
Praia
A praia do molhe foi a nossa praia de eleição. É uma praia pequenina junto às arribas e ao pontão. Para além de pequena, está cheia de rochas o que faz com que o areal seja pequeno para tantas toalhas e chapéus. O melhor acontece quando a maré baixa: a praia fica com mais uns 100 metros de areal.
E pronto foram estas as férias deste ano. E, vocês, por onde andaram?
Este ano antecipámos as férias para Julho. Os dias são maiores, o tempo é mais estável, tudo boas razões para antecipar . Isto, e o facto de termos um casamento em Maio e uma comunhão solene em Junho que nos impediu de tirar a semana que costumamos tirar em Maio/Junho.
O destino escolhido para a primeira parte das férias foi Porto Covo. Penso que todos conhecemos Porto Covo e eu não preciso de falar muito sobre o quão maravilhosa esta vila é.
Hotel
Ficámos no Hotel Porto Covo. Em termos de hotel, é a única opção em Porto Covo; o resto são hosteis, pensões e parque de campismo.
Já tínhamos ficado neste hotel noutras férias e, agora consolidamos a nossa opinião em relação a ele. Pagámos 98€ por noite e, sinceramente, acho que se aproveitam da localização e de serem o único hotel para terem o preço tão alto.
O pequeno almoço tem pouca escolha e não é muito variado. Tem duas ou três variedades de pão, alguns doces e cereais para os pequenos. De vez em quando tinham croissants mas não era todos os dias. Acho que podiam fazer mais qualquer coisinha já que cobram cerca de 100€ por noite.
Tivemos a sorte de ficar num quarto com kitchenet. O que foi bom porque poupámos uns trocos no almoço. No entanto, os quartos precisam de uma cara nova e de mais iluminação. São muito escuros.
Praia
A nossa praia de eleição é a praia da Samuqueira. Tem duas entradas mas uma delas fica inacessível porque a maré enche até às rochas. É uma praia bastante sossegada, apesar de ser famosa. Acho que pesa o facto de não ter nadador-salvador e as pessoas afastam-se um bocadinho.
Esta é a entrada que fica inacessível quando a maré enche. Aquele primeiro pedaço de areal deixa de existir.
Refeições
Descobrimos também que o bar da praia Grande estava fechado (?). Ficámos sem perceber se se transformou num restaurante que só abre com reserva ou se fechou de vez. Foi também por isto que almoçávamos no quarto.
Um conselho, se forem a Porto Covo e se não quiserem fazer refeições fora, abasteçam-se em casa ou em Sines. Existem dois supermercados mas o mais conhecido é o Meu Super (pertence ao Continente). É um supermercado muito pequeno e não tem grande variedade de produtos. Chegámos à conclusão que são abastecidos à sexta-feira e que os produtos esgotam muito depressa.
Em relação aos jantares, íamos fora. Porto Covo tem vários restaurantes por onde escolher. E o melhor de tudo é que nem precisávamos de pegar no carro, íamos a pé.
O nosso restaurante de eleição é o Marquês. Em termos de peixe e petiscos é o melhor. É um bocadinho caro mas, na minha opinião, vale a pena. O meu prato favorito foi o arroz de sapateira e gambas.
Como o Marquês fecha um dia por semana, fomos à pizzaria La Bella Vitta; é um restaurante italiano. É uma óptima alternativa aos restaurantes tradicionais. O staff é super simpático e a comida é muito boa.
Tentámos também o Restaurante Zé Inácio. Já lá tínhamos ido e gostámos bastante. No entanto, desta vez não adorei. Se calhar foi pelo prato (grelhada mista) que não veio como estava à espera. Mas é também uma boa opção.
Esta primeira semana foi óptima e o tempo estava perfeito; não estava calor em demasia.
Este ano decidimos mudar as nossas férias grandes.
Em vez de irmos em Setembro, como habitualmente, este ano vamos em Julho. Os dias são maiores e, supostamente, o tempo é mais estável.
Ora, tenho estado a ver as previsões todos os dias. Para o destino da 2ª semana, as previsões não são muito animadoras: abaixo dos 25ºC com céu nublado.
Não devíamos ter mudado o mês das férias, pois não?
Na segunda parte das férias regressámos a Portugal.
Mais, concretamente, ao Algarve.
Eu não sou fã do Algarve. Toda a gente me diz que a água é mais quente, o tempo é mais estável e não há vento. Na única vez que fui para lá apanhei vento, algas na água e água super fria (em Agosto).
Este ano voltámos lá. Teve que ser. Tínhamos planeado a segunda parte das férias na costa Vicentina, mas a dois dias de irmos, vimos que a previsão do tempo não era boa. Desmarcámos logo o hotel e começámos a procurar na zona do Algarve onde estava melhor tempo.
Tínhamos dois critérios:
- Bom tempo
- Dentro do budget
Depois de muita procura, encontrámos o Agua Hotels Riverside. Fomos ao site, vimos algumas reviews e como nos pareceu bem, marcámos.
Mas depois de termos marcado, reparei que o hotel pertencia a uma cadeia onde já tínhamos estado noutras zonas do país. E não gostámos nada…. Mas, pronto, já estava marcado e não havia devolução em caso de cancelamento.
E, no final, foi bem diferente das experiências que tinhamos tido.
Começámos logo bem…. Quando estávamos a fazer o check in, informaram-nos que íamos ter um upgrade grátis. “Mas só se quiserem, só aceitam se quiserem”.
É claro que aceitamos. Não se diz que não a estas coisas, certo? Então passámos de um quarto standard para uma suite júnior.
E o que é que isto quer dizer? Tivemos direito a:
- Quarto com casa de banho com banheira
- Sala de estar com sofá cama
- Kitchenette completamente equipada
- Casa de banho com duche (mais uma!)
- Vista para o rio
A kitchenette permitiu-nos poupar uns trocos no nosso almoço/lanche. Fomos logo ao supermercado comprar refeições daquelas que se fazem no forno.
E as ofertas não acabaram por aqui. Estávamos nós já no quarto a desfazer as malas, quando nos batem à porta. Era uma funcionária do hotel com mais estas ofertas.
Os bolinhos eram muito bons!
Sabem de uma coisa? Esqueci-me completamente de tirar fotografias do quarto. Portanto, não tenho nada para vos mostrar, a não ser a vista.
Quanto ao resto das instalações, é tudo muito bom.
O hotel tem duas piscinas: uma para os adultos e outra para as crianças com vista para o Rio Arade.
Existe só um pequeno pormenor que não é agradável. Quando a maré do rio baixa, cheira muito mal. Mas é algo que não se pode controlar; é a Natureza.
Ao escrever este post, dou-me conta que não tenho muitas fotografias do hotel. Acho que estava a tentar aproveitar ao máximo.
Praias
A praia do Molhe foi considerada a nossa praia. Pequena e sossegadinha, como nós gostamos. Fomos lá todos os dias.
Tem aquele paredão no qual fizemos várias caminhadas e que vai dar a um farol.
Outra praia que também visitámos foi a praia do Pintadinho. Visitar como quem diz, demos uma volta e vimos as grutas. Isto porque esta praia é concessionada e como tal, metade do areal está ocupado por espreguiçadeiras para alugar.
E, como não há duas sem três, tentámos a praia grande. Ainda ficámos por lá um grande bocado. Mas os nossos problemas foram vários: piso muito duro, água gelada e não ouvir uma palavra em português dos turistas que lá estavam (isto é que é realmente uma pena).
Restaurantes
Restaurantes era coisa que não faltava. A nossa questão continuava a ser o budget porque pareciam-nos todos caros (ou não estivéssemos nós no Algarve).
O primeiro a que fomos foi ao Restaurante O Molhe. Não existe outra escolha na praia do Molhe e os preços não são muito acessíveis.
Mas a Cataplana à Casa é TOP e dá para duas pessoas. Traz um molhinho de comer e pedir mais pão para molhar. E muitos camarões.
Numa das noites fomos até Portimão e escolhemos o Faustino’s Steak House para jantar. Este é um dos muitos restaurantes que só se fala inglês. Aliás, até têm um funcionário que não é português.
Mas fora este pormenor, destaco a simpatia dos empregados e a qualidade da comida.
Sendo uma steakhouse nós pedimos bifes com batata doce assada e puré de batata.
É assim: os bifes são óptimos e têm um tamanho razoável. Os acompanhamentos também são muito bons mas vêm em dose gourmet, ou seja, muito pequenos. Pagámos 30 euros só pelos bifes; acho que deveria ter acompanhamentos maiores.
A mousse de chocolate branco e preto era tão boa, tão boa que não existe fotografia. LOL
Numa das noites foi mesmo complicado jantar. Nós fomos um bocado preguiçosos e não quisemos reservar e acabamos na terceira opção. Mas, por outro lado, foi bom porque encontrámos um restaurante Bom e Barato – Restaurante Adris.
A comida não é de luxo mas satisfaz e fomos muito bem atendidos. E isto é o que importa.
E pronto…. Foram estas as nossas férias…. Foram boas mas passaram muito depressa.