Visão muito prática de um casamento
Ontem, por alguma razão que não me lembro, eu e uma colega começamos a falar dos regimes de bens de um casamento. Não vou estar a pôr aqui as diferenças entre os regimes porque o que não falta na internet são sites sobre este assunto.
Mas na perspectiva dela o casamento é:
"O casamento é um contrato que assinas. Não podes confiar cegamente na outra pessoa, portanto deves escolher o regime de bens que te proteja em caso de divórcio".
Ela estava a generalizar porque conheceu um caso de uma rapariga que está a pagar dividas do ex-marido.
A minha perspectiva é:
Não podemos embarcar numa relação onde não existe confiança e com a perspectiva que vai acabar um dia. Dizer que o casamento é só um contrato é tirar-lhe todo o conceito de que é uma relação e todo o romantismo.
As pessoas mudam quando existe dinheiro envolvido. Isto tanto vale para os cônjuges como para a família. Não me venham dizer que não se pode confiar no cônjuge quando existem muitos pais/irmãos/etc que deixam de se falar só por causa de dinheiro.
Percebo que haja pessoas para os quais o casamento é algo irrelevante, até a lei está a ajudar nesta perspectiva. Uma pessoa em união de facto tem quase tantos direitos como uma pessoa casada.
Mas não podemos generalizar estas situações. Só porque correu mal para aquela rapariga, não quer dizer que o resto dos casamentos vão ser iguais.
Se uma pessoa embarca num casamento é porque gosta da outra pessoa e quer passar o resto da vida com ela. Sim, temos que pensar nestas situações, mas não vamos dizer que é só um contrato, ok?