Parece que tenho um problema
Eu adoro comer. Parte da minha felicidade depende do estômago. Se me sentir satisfeita, estou feliz. Senão, costumo ter a chamada “birra da fome”.
Não me preocupo com o que estou a comer; se é saudável ou não ou quantas calorias tem é algo que não me passa pela cabeça.
Mas numa altura em que a nutrição e a forma física são muito importantes, parece que isto é um problema.
Tenho ouvido coisas como “Não devias comer hidratos à noite”, “Isso tem natas? Sabes a quantidade de calorias que isso tem?” ou “eu não compro bolachas nem doces, assim não tenho a tentação de os comer”. A sério, vocês não têm auto controlo para saber quando parar?!
Como o que me apetece e pronto. Comprei um dispensador de m&m’s e carreguei-o de chocolates. Todos os dias vou lá, giro a rodinha e como. Saem só 3 de cada vez, mas eu fico feliz.
Um dia fiquei preocupada ao almoço:
- Vais comer isso tudo?
- Vou, é a quantidade normal para mim
- Isso para mim dá para duas refeições
Não percebo esta norma da sociedade em que as mulheres têm que comer pouco. Para quê? Passarem a tarde cheias de fome? Atacarem os chocolates e as bolachas e comerem pacotes inteiros porque não souberam alimentarem-se na hora devida? Andarem a passar fome porque exageraram no fim-de-semana?
Eu sei que isto parece hipócrita depois deste post. A balança atacou-me porque passei um mês sem fazer exercício.
E esta é a minha forma de compensar o que como. Tento fazer exercício três vezes por semana. E isto chega para mim, para o meu corpo e para a minha consciência.
Gosto das minhas curvas como são. Sim, tenho celulite mas qual é a mulher que não a tem?
É assim que sou feliz e vou continuar.