Mendigos
Por regra, não costumo dar dinheiro a mendigos nem a qualquer pessoa que me venha pedir. Seja para associações seja para eles próprios. É óbvio que cada um tem a sua história; uns foram parar à rua porque a vida lhes trocou as voltas, outros pelos vícios. Mas como não sei o que vai ser feito ao dinheiro prefiro não dar.
Este fim-de-semana aconteceu algo que veio dar mais força a isto.
Estávamos de carro quando vimos uma mendiga a andar em direcção a uma passadeira. Ele fez como manda a regra: parou o carro para ela atravessar. Ora, qual não foi o nosso espanto quando a mendiga assim que nos vê a parar, volta para trás e já não atravessa a passadeira. Fico possessa com estas coisas e naquela altura (e em todas as outras, a qualquer pessoa que seja), chamei-lhe um nome feio.
Eu não sei se a mendiga me ouviu ou se foi por outra coisa qualquer, mas ela decidiu cuspir para o vidro do meu lado.
Eu não sou de partir para a violência, mas confesso, que naquele momento apetecia-me mesmo, de tão irritada que eu fiquei.
Fizemos tudo como manda a regra e ainda somos premiados com cuspo. Enfim…