Ontem decidi ir ao supermercado mais perto de minha casa. Não tinha muitas compras para fazer e nada de especifico, portanto aquele servia perfeitamente.
Ora, este supermercado em questão é daqueles que está cheio de coisas nos corredores, na linha de caixas e também nas caixas. Cumprir a distância de segurança é um desafio.
Escolhi uma caixa qualquer para pagar. Honestamente, não me importei se tinha muitas ou poucas pessoas. Quando tento fazer isto, sai-me o tiro pela culatra.
Nas caixas ao lado, havia uma confusão. Eram duas caixas muito juntas e por causa disto as pessoas faziam só uma fila porque não percebiam que eram duas em vez de uma.
Oiço a funcionária dizer: "A seguir.... Não vêem que são duas caixas. Isto não é fila única, façam duas filas".
Oiço alguém da fila dizer: "Estou a cumprir a distância de 2 metros"
A mesma funcionária responde: " Aqui não está a 2 metros de mim. Não faz diferença cumprir a distância de segurança"
E é por isto que temos os números que temos. Quando os próprios funcionários que deviam fazer cumprir as regras, estão a dizer às pessoas para as quebrarem, os números sobem.
Pergunto-me como é que esta funcionária reagiria ser tivesse apanhado covid. Provavelmente, iria dizer que foi culpa dos patrões que a obrigaram a trabalhar ou das pessoas que foram fazer compras. Seria culpa de todos, menos dela que não quis cumprir a distância de segurança.
"James (Jim) Dixon é um jovem professor universitário de história medieval aborrecido com o seu trabalho, e lutando por sobreviver a uma sociedade burguesa e provinciana. Nesta comédia do absurdo, toda a ação se desenvolve em torno do controle individual sobre o outro. Nas várias frentes - superiores hierárquicos, colegas, alunos, namoradas - os equívocos, as maquinações, os mal entendidos, os favoritismos (também exercidos pelo próprio) concorrem para o tormento de Jim, que fuma e bebe em demasia e se dirige à desfilada para um ponto de ruptura. Jim terá a sorte de conseguir escapar às armadilhas das circunstâncias, libertar-se, sair por cima. Mas quão livre será o novo Jim? Uma obra-prima sobre o homem em conflito com uma realidade ilegível, uma comunicação deteriorada por jogos, um ego imperscrutável, e uma sociedade repressiva do individual. Considerado por Christopher Hitchens o livro mais divertido da segunda metade do século XX e, por Toby Young, o melhor romance cómico do século XX, A Sorte de Jim é uma hilariante sátira da vida académica britânica e um marco da literatura dos pós-guerra."
Tenho que confessar que achei este livro um autêntica seca e sem propósito nenhum. Ainda não ia a meio do segundo capitulo e já estava com vontade de desistir. Pensei mesmo nisto só que gosto de ler os livros até ao fim.
O Jim é um professor universitário que não gosta do que faz, não gosta do que o envolve mas por motivos financeiros, tem que permanecer no seu trabalho. Faz joginhos, que muitas vezes lhe correm mal ou se viram contra ele e acaba por ser descoberto. É daquele tipo de personagens que se fosse uma pessoa eu a desprezava completamente.
Só lá para os últimos capítulos é que a história entra numa fase apetecível para se ler.
Em suma, foi um livro muito aborrecido mas curto, que não gostei.