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Deu-me para isto

Boa vida, Livros, Moda e Beleza, Música, parvoices

Eu adoro-o mas às vezes #9

Hoje venho aqui com uma dúvida existencial:

Estar constantemente a chamar-lhe a atenção sobre as coisas que faz mal ou não faz ou ignorar e fazê-las eu?

O rolo de papel higiénico foi feito para estar a acumular na casa de banho em vez de ir para o lixo quando acaba.

Todos os dias pergunta o que vamos comer quando temos uma nota partilhada no evernote com a ementa semanal (eu sei que é um bocado OCD mas foi a forma que encontrei para estar organizada).

Andamos nisto à 4 anos desde que moramos juntos.

As únicas lutas que ganhei foram:

- Quando se apanha a roupa, também se dobra e arruma (ele só apanhava a roupa e deixava no cesto para ser dobrada)

- Frascos vazios vão para o lixo (num acesso de raiva da minha parte, levou com na cabeça e aprendeu)

Parece que não é só fama

Este fim de semana, tivemos um dos muitos jantares de Natal com amigos. Foi um jantar muito bom; saí de lá a rir-me mas também com uma sensação de desapontamento.

Uma das minhas amigas já foi da função pública; passou recentemente para o privado.

Passava a vida a queixar que o horário era mau, que os colegas não eram grande coisa, bla, bla, bla. A ouvir esta conversa durante muitos anos, na minha cabeça formou-se a ideia de que a maioria dos funcionários da área em que ela trabalhava queriam ir para o privado. 

Afinal, parece que estava errada. Fui esclarecida que estava errada neste jantar. Então, pedi-lhe para me explicar porquê.

O primeiro argumento que arranjou era que tudo era mais fácil. Mas tudo o quê? Tudo pode ser muita coisa e pode ser nada.

Começou logo pelos benefícios. Então, arranjou um exemplo de uma pessoa que tinha acabado de sair da faculdade e só queria trabalhar a part-time. Foi-lhe concedido um horário de 20 horas por semana. Para além disto, parece que a que a troca de horários também era mais fácil.

E também é do conhecimento geral, que trabalham só 35 horas por semana enquanto o privado tem que trabalhar 40 horas.

Mas acontece que no privado uma pessoa tem que fazer por merecer, e pela conversa parece que já não estava habituada a isto. Acho que já se arrependeu de ter trocado.

Fiquei muito triste com ela. Para uma pessoa que tirou uma pós-graduação, parece que está com vontade de morrer estúpida, que não quer evoluir. Quer estar na caixinha dela, fazer o que está dentro da caixinha dela e pronto, o dia está fechado.

Todos nós sabemos a fama que a função pública tem; o que eu não espera era lidar tão de perto com um mau exemplo.

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