Nota mental
Não ir aos CTT na última semana do mês 😒
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Não ir aos CTT na última semana do mês 😒
Hoje tive o (des)prazer de ir almoçar só com homens. Ou seja, era eu e mais 5 homens.
Cheguei à conclusão que eles só têm três tópicos de conversa: futebol, gajas e sexo. E não conseguem mesmo evitar, mesmo estando numa conversa séria.
Ora vejamos:
Iniciaram a conversa a falar do Sporting, dois deles são ferrenhos e sócios do Sporting e, verdade seja dita, tem sido o tema da semana. Falaram e falaram e falaram. (Futebol)
A conversa foi interrompida porque um deles vê uma moça a passar de calções curtos (daqueles que se vêem as nádegas). A preocupação deles foi: "Coitadinha da moça, vai passar frio, ainda bem que não está vento". (Gajas)
Continuaram a falar do Sporting e eu desliguei da conversa.
Quando dei por isso estavam realmente numa conversa séria. Estavam a falar do Revolut. Parece que é um cartão de crédito que se pode utilizar no estrangeiro mas que não se paga taxas. Em linguagem normal, é esta descrição. Em linguagem de homens foi esta a descrição que recebi: "Pagas na mesma, mas é menos. É mais macio. O lubrificante é outro". (Sexo)
E continuam a conversa do Futebol mas desta vez o tema rodava à volta do jogo Brasil-Costa Rica. Desligo outra vez.
Acordo para a vida, quando alguém diz: "Coitadinha da Cat.. Veio almoçar connosco e nós só falamos disto"
Eu espondi que não me importei. Até porque ia fazer uma viagem grande e precisava de tema de conversa. Mas, falando a verdade, já não me lembro do que eles disseram.
Depois, começamos a falar de trabalho e de projectos. Um deles dizia que conhecia pessoa X da empresa X. E eu respondo:
"Epah, tu conheces muita gente"
"Estás a ver estes cabelos brancos?"
"É só charme" - respondo eu
"Não, é experiência. Sabes, é que eu já F*** muitos projectos com muita gente". (Sexo)
Risota geral.
Depois começam a falar das férias de um colega que foi à Grécia. O tal colega estava a explicar que foi a Santorini e Mikonos mas alguém decidiu fazer a seguinte pergunta: "E foste a Lesbos?" (Sexo)
Eles bem podem tentar, mas não conseguem fugir à natureza deles.
Ontem na pausa do lanche, uma colega diz:
"....Quem me dera voltar para a faculdade!"
Nós as três (erámos quatro no total) respondemos muito prontamente: "Não!"
Motivos principais a favor do Não:
- Independência
- Dinheiro
- Exames nesta altura do ano
- Estudar
Motivos principais a favor do Sim:
- Menos responsabilidades
- Era tão mais feliz
- Três meses de férias
Eu sou a favor do Não.
Gosto da minha liberdade, do fim do mês, de não dar cavaco a ninguém. As responsabilidades fazem parte, mas é assim que crescemos.
Sou mais feliz.
Este fim de semana aconteceram-me duas coisas que não aconteciam à bastante tempo: cair em frente a pessoas e sentir vergonha alheia (sim, alheia não foi vergonha de mim própria!). Tudo isto aconteceu ao mesmo tempo.
Então, no sábado fomos jantar a casa de familiares onde estava também a namorada de um deles.
Aparentemente não havia cadeiras/bancos para todos, pelo que me sentei num banco de plástico. Eu não me importo nada com isto porque fui eu que me sentei lá.
A meio da refeição arrasto o banco para trás e baixo-me para baixo para apanhar algo que deixei cair ao chão. Aparentemente, o banco desequilibrou-se e e eu cai para trás. Sorte ou não, eu tinha uma parede atrás de mim e bati só com o cotovelo. Foi uma sorte não ter ido de cabeça tal era o balanço que levava.
Quando me dei conta fiquei sem reacção. "Acordei" com a pessoa mais próxima de mim (adulto) a rir-se à gargalhada como se não houvesse amanhã. Aquelas risadas que fazem eco na nossa cabeça e prolongam-se por muito tempo.
E eu só pensava: "Que vergonha. Está aqui a namorada do B. e esta só se ri". Senti vergonha por aquela pessoa se estar a rir daquela forma em frente a uma desconhecida. É que nem sequer senti vergonha por ter caído. É a chamada vergonha alheia. Não é vergonha por nós mas pelos outros.
Ainda bem que tenho pessoas mesmo adultas que rapidamente me foram ajudar e perguntar se estava tudo bem.
Fisicamente, fiquei com uma dorzita no cotovelo e umas nódoas negras. Mentalmente, apetece-me odiar aquela pessoa e nunca mais lhe falar. mas não posso, porque é família.
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