Gosto desta música #17: Heaven
"All good boys go to heaven
But bad boys bring heaven to you"
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
"All good boys go to heaven
But bad boys bring heaven to you"
Na área onde estou a trabalhar, Tecnologias de Informação, é muito comum sermos contactados para entrevistas de emprego. É um mercado que mexe muito e há sempre oportunidades.
Ontem fui a uma entrevista de emprego, completamente diferente do que fiz até hoje.
Para começar, fui entrevistada por pessoas que nem são da minha área: comunicação social e psicologia. Nada relacionado com tecnologias de informação.
Começamos a entrevista ao contrário: a pessoa com formação em psicologia apresentou-se não só termos profissionais como em termos pessoais. O que fez, como é, defeitos e qualidades.
Eu só me perguntava "o que é que eu tenho a ver com isto. Não estou minimamente interessada nisto".
Assim que me disse que era psicólogo, eu fiquei logo mais nervosa. A ideia que eu tenho de psicólogos é que nós ainda não falamos e já sabem tudo sobre nós.
Depois, foi a minha vez. Comecei a falar do meu percurso em termos de formação e depois em termos profissionais. Normalmente, é isto que interessa.
Interromperam-me algures no meio da minha descrição do percurso profissional, e fizeram-me questões mais relacionadas com competência sociais e relacionais.
Ao longo da nossa conversa, percebi que o meu percurso profissional não era o mais importante; o que importava efectivamente eram as competências sociais e relacionais. A experiência estava descrita no currículo; a minha forma de ser não.
Queriam saber como lidava com as pessoas, com situações. Efectivamente, o meu currículo ficou de certa forma "esquecido". A conversa durou 40 minutos.
No final disseram o seguinte: "Nós gostar de dar feedback às pessoas sobre as entrevistas"
Eu pensei "Estes ao menos dão feedback sobre se o processo de recrutamento avançou ou não". Wrong!
O que eles fizeram foi dar-me o feedback que tiveram sobre mim naqueles 40 minutos de conversa. Deram-me a leitura que fizeram de mim e do que falei naqueles 40 minutos.
Nunca tal me tinha acontecido.
Fiquei bastante satisfeita, é sempre bom ter uma leitura exterior de nós próprios.
O que eles disseram não vou partilhar convosco mas mesmo que não avance no processo, já tirei grandes lições desta entrevista.
Na universidade, tínhamos o que chamávamos de sala de estudo, que era normalmente um espaço onde se faziam os trabalhos de grupo (alguns leitores já devem identificar a universidade).
Desde muito cedo que ganhei o hábito de ouvir música enquanto estudava/trabalhava. Tinha uns phones pretos e malta costuma utilizar quando eu não estava a utilizar.
Até aqui tudo bem, se um dia um dos phones não tivesse aparecido avariado. Nestas coisas, não encontramos culpado.
Para substituir, comprei uns phones cor-de-rosa e duraram muito tempo. #ficaadica
Contei esta história só para contextualizar.
Um dia cheguei à minha secretária, e diz um colega "Estou a utilizar o teu carregador de telemóvel". Não tive problema nenhum, até ao dia em que ficou com ele. Quando me devolveu, fez confusão e quase que me dava um carregador do chinês e o meu é original. A partir daí, guardo sempre o carregador na mala quando não o estou a utilizar.
Costumo ter um pacote de bolachas crackers em cima da minha mesa. Nós temos um armário, mas tem chave e eu não gosto de andar a pedir a chave para poder comer.
Ontem um colega diz-me "Tirei-te umas bolachas ontem". E eu respondi que podia tirar, afinal não se recusa comida a ninguém. Ele aproveitou para tirar mais duas ou três.
Olhei para o pacote com olhos de ver e vi que afinal já faltavam bastantes bolachas. Vou deixar de ter aqui o pacote; uma coisa é tirar duas ou três, outra coisa é tirar um terço do pacote.
Ajudem-me a ficar esclarecida: é egoísmo da minha parte?
Se querem chegar ao verão com um corpinho Danone, não comecem a ir ao ginásio em Março. Comecem a ir o ano todo.
Assim, a malta que costuma lá andar, já prevê mais ou menos se vai ter espaço ou não para trocar a roupa.
Ontem cheguei ao ginásio e estava um multidão no balneário feminino. Nem espaço tinha para dar um peido, quanto mais para trocar de roupa.
Desculpem a linguagem mas fiquei mesmo zangada.
Situação 1 - A cadeira
Casal senta-se numa mesa na zona de restauração de um espaço comercial.
Assim que o casal se senta, uma mulher nos seus 60/70 anos retira uma das cadeiras sem dizer nada. Nem "posso?", "está ocupada?", "Com licença?"
Situação 2 - As bananas
Casal vai à frutaria da rua comprar as frutas e vegetais.
Ela estava a pôr bananas num saco ao mesmo tempo que lhe pergunta se chega ou não para a semana toda. Assim que se despacham com as bananas, ouvem o seguinte duma mulher nos seus 40/50 anos: "JÁ ESTÁ?!" (as letras maiúsculas são propositadas).
Casal responde muito educadamente: "Desculpe, mas não estamos na fila". Parece que o casal estava, sem querer, a empatar a fila para a caixa.
E vocês questionam o porquê de pôr a idade das mulheres (se calhar, nem reparam). Bom, nós somos ensinados a respeitar os mais velhos, mas a boa-educação cabe em todo o lado.
Se o saber não ocupa lugar, a idade muito menos.
95 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.