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Deu-me para isto

Boa vida, Livros, Moda e Beleza, Música, parvoices

As pessoas têm que se convencer

De que quando chegam a velhas e não têm saúde, têm que estar perto dos filhos. Eu digo filhos mas pode ser apenas pessoas que podem cuidar delas.

Este fim-de-semana vivi de perto uma situação semelhante a esta: uma senhora idosa que já não pode ficar sozinha.

Um dos filhos ainda vive com ela mas tirou uns dias de férias e foi para fora. Gerou-se logo a confusão para ver quem podia ir dormir lá a casa. Como estamos em altura de férias escolares, duas netas dispuseram-se a ficar com ela.

No entanto, isto é só uma solução temporária.

O filho daqui a uns meses vai-se mudar para a casa dele e é preciso resolver a situação. Os filhos não podem deixar o trabalho e os netos também não podem deixar a escola só para tomarem conta da senhora.

Ir dormir à vez a casa da senhora também não pode ser solução porque tantos os filhos e os netos têm as suas rotinas. A casa da senhora fica desviada da cidade, numa daquelas aldeias que estão a ficar desertas.

Pagar a uma enfermeira ou a um lar também não é solução porque nem todos os filhos têm condições para pagar. E todos sabemos que sai muito caro.

A solução seria a senhora ir para casa dos filhos nem que fosse um mês a cada um.  

Mas porque é que ainda existe a discussão?

Porque a senhora não quer sair de casa dela. É daquelas velhotas casmurras que não quer, por nada deste mundo, sair de casa dela. E estou a falar de uma casa que não tem condições nenhumas: as janelas estão mal vedadas e entra frio por todo o lado. “Só saio quando morrer”, diz ela.

Esta situação já estou eu a prever que aconteça. Um dia vão dar com ela já morta.

Este texto não é uma crítica a estes filhos nem a estes netos. É uma crítica à senhora: o custo da teimosia dela é a própria vida. Valerá a pena?

Já que estamos numa de amor

Já que estamos numa de amor, venho-vos falar dele e da nossa relação.

Já não é a primeira vez que falo dele aqui no blog mas sempre falei das peripécias que me acontecem por causa dele ou pelo simples facto de ele ser homem.

Mas agora venho falar-vos no quanto estamos felizes um com o outro.

Fomos nascidos e criados em pontos opostos do país. No entanto, tivemos a mesma educação. Portanto, quando falamos de episódios da nossa infância ou adolescência, compreendemo-nos um ao outro na perfeição.

Estudámos na mesma área e, mais uma vez, em pontos opostos do país.

Ele veio trabalhar para a mesma cidade que eu. Quando me dizem: “Foste buscar um homem tão longe”, eu respondo “Não, não. Ele é que veio ter comigo” 

Trabalhamos na mesma área, o que facilita um pouco as coisas. Principalmente naqueles dias em que precisamos de desabafar porque o dia não correu assim tão bem.

A minha mãe costumava dizer que os homens eram isto e aquilo e mais não sei o quê. Sabem aquela música “Os maridos das outras” do Miguel Araújo? Ela é a personificação dessa música.

Mas ele não é desses. Ajuda-me com as tarefas de casa (embora seja ao ritmo dele, LOL). As minhas necessidades estão sempre em primeiro. Eu sou a prioridade dele e isto sabe tão bem.

E, acima de tudo, ajuda-me com os meus problemas. Tem-me ajudado a libertar de certas situações do passado. Chamou-lhes, um destes dias, “traumas de infância”. Na verdade, não são nada de especial mas quando somos miúdos, as coisas afectam-nos de outra forma.

Em resumo, temos estado sempre ali um para o outro no bem no mal, na saúde e na doença. E não precisamos de estar casados para isto.

Eu e Ele temos corrido bem. Eu, com o meu feitio de mulher e Ele com o feitio de homem.

IRS, facturas e coisas relacionadas

facturas.png

Hoje estive a validar as facturas no portal do e-factura para a minha mãe.

Alguns comerciantes fizeram o trabalho como devia ser e as únicas tarefas que tive que fazer foi indicar o sector de algumas facturas e verificar as despesas de saúde.

Foi algo que não me tomou muito tempo e durante o ano de 2015 já lhe tinha dito que ia fazer isto. Não me preocupei em ver se as facturas estavam lá todas uma vez que para as despesas gerais, o limite já tinha sido atingido.

O que mais me chocou foi quando ela, à um mês atrás, recebeu uma carta do escritório de contabilidade que lhe faz o IRS. Não costumo fazer a declaração de IRS à minha mãe porque envolve reformas e pensões. E para não fazer asneiras e evitar confusões com as Finanças, prefiro entregar aos profissionais.

Mas, voltando à carta: enviaram-lhe um preçário para a validação de facturas. Qualquer coisa como:

0 a 25 facturas – x euros

26 a 100 facturas – y euros

E por aí fora.

Vamos lá todos ter um bocadinho de bom senso e não explorar as pessoas. Sim, porque isto é explorar as pessoas. Aquelas pessoas que não crescem com os computadores e não sabem mexer neles nem navegar na internet. Sim?!

 

Um dia destes também vou ter que fazer o mesmo para mim. Não devo ter assim tantas facturas. Só peço factura quando pago a dinheiro: se eu tenho que pagar os meus impostos ao final do mês e não tenho escolha, os comerciantes também o devem fazer.

Embora seja algo bom, a dedução no IRS é algo que não me interessa.

Se todos pagarmos os impostos que devemos, talvez um dia este país seja melhor.

 

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