Se há defeito pelo qual eu não sou conhecida é o da falsidade. Não sou falsa e não digo o que as pessoas querem ouvir, digo o que penso. Mas isto às vezes traz-me dissabores.
Então, um primo do meu homem decidiu fazer uma surpresa à namorada e pedi-la em casamento depois de um salto de pára-quedas. Não tenho nada em contra, cada um faz o que quer.
Na véspera de Ano Novo, decidiram mostrar o vídeo para toda a família ver.
Tio do meu homem:Isto deve ter custado uma batelada de dinheiro!
O meu homem:Já existem saltos de pára-quedas bem baratinhos, por 100€ fazes o salto
Tio do meu homem:mas já viste, ele foi tão original…
Eu:Original não foi porque isto já outros fizeram. A empresa dos saltos até já tem as faixas preparadas.
Silêncio absoluto na sala…
E eis que me cai a ficha e lembro-me que os pais e os irmãos do dito cujo estão ali. Senti-me um bocadinho mal. Os pais estavam mesmo contentes pelo filho.
Já sem família por perto, soube a história completa.
Cunhadinho:Tu não sabes quanto é que custou o anel!
Eu:Então diz-me lá….
Cunhadinho: 1200€
Comecei a fazer as contas: anel + salto + vídeo… aquela brincadeira não deve ter ficado por menos de 2000€.
Eu:então e qual é a data?
Sogrinha:ainda não definiram…. Mas antes de 2017 não é porque o irmão quer-se casar nesse ano e duvido que se queiram juntar.
Eu:O quê? Gastou essa batelada de dinheiro para nada? Pensei que era já para o ano
Sogrinha:Mas eles já vivem juntos….
Neste caso, calei-me porque não ia adiantar nada continuar a conversa. Opiniões são opiniões.
Aqui comecei-me a sentir menos mal por ter dito aquilo.
Passado uns dias, conheci a dita cuja.
Sogrinha:Olha, apresento-te a mulher do N.
Dita cuja: Eu?! Mulher?! Não, namorada se faz favor….
Os meus pensamentos foram Tiveste uma resposta muito expedita… no mínimo, agora és noiva…
Agora é que ia dormir sossegada… sem data e com a rapariga a dar esta resposta.
Depois pus-me a pensar no assunto e cheguei à conclusão que o N. como emigrante que é, gosta de vir a Portugal e mostrar o dinheiro que gasta mas que não ganha. Saiu de Portugal à dois meses e com renda, despesas e viagens de avião, duvido que tivesse 2000€ para gastar assim. Mas cada um sabe de si….
Eu não compreendo mas quando regresso de férias há certas coisas que me acontecem sempre. E quando digo sempre, é mesmo sempre e eu não aprendo.
1. No último dia de férias “Parece que foi ontem que viemos e agora já estamos a regressar”
Mas porque é que digo esta frase?! Isto acontece sempre, seja dois dias de férias ou três semanas
2. Compras para o dia-a-dia
Chegamos a casa e falta pão, queijo e fiambre para o pequeno-almoço (eu sei, mas eu sou uma gorda feliz). Vamos ao supermercado e trazemos o que falta – perfeito.
No dia a seguir, não tenho iogurtes nem fruta para comer entre as refeições – Bah.
3. Levanto-me assim que o despertador toca (salto da cama mesmo)
Salto da cama assim que o despertador toca. Se me levantar depressa e me enfiar no banho, custa menos. MENTIRA!
4. Decido mudar a minha rotina… porque sim
Decido mudar a minha rotina porque achei que me despachava mais depressa se arranjasse o cabelo primeiro e depois tomava o pequeno-almoço.
Não foi muito inteligente da minha parte. Até porque já não me lembrava da minha rotina quanto mais alterá-la no primeiro dia depois das férias.
5. Parece que não sei conduzir
Após uma semana de férias, os pés trocam-se todos e não me entendo com as mudanças. A sério?!
6. Vou e não vou com vontade de trabalhar
Não me apetece ir trabalhar mas pelo caminho penso nas milhentas coisas que quero fazer: enviar aquele e-mail, fazer aqueles 5 documentos, não me distrair com a net.
Balanço no final do dia: enviei aquele e-mail, distraí-me com a net.
Hoje, ao vasculhar a página principal do SAPO, dei com um destaque sobre o quiz do SAPO. Claro que fiquei muito curiosa e fui ver do que se tratava e fiz o quiz. O resultado foi o seguinte:
Ora, a personalidade perfeita para beber um café comigo era o Varoufakis. Bom, não estava à espera mas a verdade é parava sempre para o ouvir. Simpatizo um pouco com o povo grego, não por estarem em crise mas porque trabalhei 2 anos e meio com eles e sempre foram agradáveis comigo. E o Varoufakis diz o que todos pensam mas que não têm coragem para o dizer.
Quem não quero ver ao longe: João Araújo. Confesso que não sabia quem era até ter lido o texto. Bom, neste caso concordo. Qualquer pessoa que envolva José Sócrates e PS, eu quero manter bem longe. Não concordo com as ideologias deles e o facto de estarem no governo sem respeitarem a vontade do povo ainda contribuiu mais para isso.
Aconselho a fazer este quiz, quanto mais não seja pela diversão.
Eu era daquele tipo de pessoas anti-Yammi, anti-Bimby e anti-qualquer robot de cozinha. O meu argumento era que se não cortava os legumes, não cortava a carne e nada dessas coisas, não valia pena gastar o dinheiro. Porque o que demorava era a preparação e não a confecção.
Isto era a minha conversa até ter comprado uma Yammi. E só a comprei para fazer a vontade ao meu homem. Ele tanto chateou e como estava com um preço jeitoso (270€), comprámos a máquina.
Após uns largos meses, tive que dar o braço a torcer e assumir que estou satisfeitíssima. Para além disto, comecei a fazer coisas que não fazia.
Para começar, faço sopa todas as semanas. Isto era algo que não fazia porque as sopas saiam-me sempre mal, ou insonsas ou com uma textura terrível.
Comi o melhor arroz de pato feito na Yammi. Obviamente que segui a receita que estava no livro.
Mas nem todas as receitas são boas, pelo menos para mim. Por exemplo, não gostei nada de receita de Lasanha que vem no livro da Yammi. Acho que o facto de levar curgete torna a lasanha muito doce.
Muitas vezes também adapto receitas da Bimby na Yammi. Por exemplo, as sopas e também já fiz Chao Min de gambas na Yammi.
No geral, agora estou muito satisfeita com a Yammi. Comprei a máquina para ele não me chatear mas agora sou eu que a uso!
